São Gonçalo debate novas políticas públicas para saúde mental

O Fórum Intersetorial de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas aconteceu, nesta quinta-feira (22), no auditório da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), no Patronato. Com o tema “Saúde Mental na Atenção Primária: desafios e estratégias para o cuidado na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), o evento discutiu as melhorias que podem ser implantadas nos atendimentos de saúde mental na cidade.
Realizado pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil da Prefeitura de São Gonçalo, o evento reuniu mais de cem pessoas para discutir a política pública de saúde mental do município, envolvendo outros setores além da Atenção Especializada e a Lei nº 8080/90, que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) e define os seus princípios, diretrizes e objetivos.
Pela manhã, foram realizadas duas palestras. A primeira com a enfermeira e assessora técnica da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas de São Gonçalo, Sônia Paiva; e a segunda com o psiquiatra Alexsander Siqueira, que já atuou na RAPS da cidade. Eles abordaram os temas: “O Caderno de Atenção Básica nº34 como norteador das ações em saúde mental na atenção primária” e “Saúde mental sem psicofobia – da Atenção Especializada à Atenção Básica”, respectivamente.
Na parte da tarde, a palestrante foi a psicóloga que já atuou na RAPS de São Gonçalo, Luana Alves. Ela apresentou o tema: “Práticas multidisciplinares em Saúde Mental na Atenção Básica”. O fórum ainda contou com apresentações culturais com atores da Rede de Atenção Psicossocial.
“Cuidar da saúde mental é sempre desafiador. Por isso, propomos essa discussão coletiva para traçar estratégias para a melhor oferta de atendimento em saúde mental, em especial na Atenção Primária. Vamos levar as propostas para avaliação conjunta para a possível implantação na rede municipal”, explicou a coordenadora de Saúde Mental, Elaine de Souza Xavier Dias.
Para o subsecretário da Atenção Especializada, Vinícius Quintam, um dos objetivos do fórum é discutir a garantia da qualidade dos serviços já prestados, mas principalmente expandir e aprimorar com a inclusão de novos setores da rede municipal de saúde para o atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
“Toda a rede tem que estar preparada para atender os pacientes da saúde mental, incluindo aqueles com problemas relacionados ao álcool e outras drogas. Por isso, estes fóruns começaram a ser realizados para traçarmos quais são todos os atendimentos necessários, começando pela Atenção Básica e terminando na Urgência e Emergência”, finalizou Vinícius.