Tragédia na Expo Petrópolis: MPRJ investiga falhas na fiscalização e atendimento após morte em parque de diversões

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu um inquérito civil para investigar as circunstâncias da tragédia que marcou a madrugada deste sábado (3) na Expo Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Um jovem de 19 anos morreu e duas mulheres ficaram feridas após um acidente no parque de diversões Crazy Park, que operava no Parque de Exposições de Itaipava durante o festival.
A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis quer apurar não apenas o que causou o acidente, mas também se houve falhas na autorização e fiscalização do parque, que operava com autorização do poder público. Em ação emergencial, o MPRJ já requisitou uma vistoria do Corpo de Bombeiros e uma inspeção in loco com levantamento fotográfico pelo Grupo de Apoio aos Promotores (GAP/MPRJ).
Outro foco da investigação será a qualidade do atendimento prestado às vítimas. O jovem morreu antes de chegar a uma unidade de saúde, e há questionamentos sobre a rapidez e a estrutura do socorro durante o evento, que reúne milhares de pessoas todos os anos.
Até agora, a organização da Expo Petrópolis e a Prefeitura ainda não esclareceram como se deu a autorização para o funcionamento do Crazy Park e se o parque já havia sido alvo de outras notificações ou reclamações em edições anteriores.
O FACTHO seguirá acompanhando o caso e cobrando respostas: quem falhou na fiscalização? Houve omissão do poder público? As vítimas e suas famílias terão justiça?
A morte na Expo Petrópolis não é um caso isolado: traz à tona a necessidade urgente de mais rigor na concessão de alvarás e na fiscalização de parques itinerantes que circulam por várias cidades do Estado.