Musicoterapia: O Remédio da Alma Que Chega aos Hospitais

A musicoterapia, prática que utiliza a música como ferramenta de cura e bem-estar, tem ganhado cada vez mais espaço nos hospitais do estado. Desde que foi incorporada às prescrições médicas há três anos, ela tem sido aplicada quinzenalmente em seis unidades de saúde, proporcionando benefícios tanto para a mente quanto para o corpo dos pacientes.
Durante as sessões, profissionais da saúde, junto a músicos voluntários, percorrem as enfermarias oferecendo canções de diversos estilos. Essa interação musical, além de ser um momento de descontração, também contribui para a recuperação dos pacientes. A aposentada Inês de Araújo, de 67 anos, interna no Hospital Estadual João Batista Cáffaro, em Itaboraí, por exemplo, escolheu a música “Como é Grande o Meu Amor por Você”, de Roberto Carlos, que foi atendida de imediato.
Nos diferentes setores, o tipo de música varia conforme o público. Na pediatria, as crianças se envolvem e se divertem, criando uma atmosfera de alegria e descontração. “A música estimula a liberação de hormônios como dopamina e endorfina, proporcionando sensações de alegria e tranquilidade, além de auxiliar no alívio da dor”, explica a médica Melissa Monção, coordenadora do setor de pediatria do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo.
A musicoterapia tem mostrado uma série de benefícios terapêuticos, como melhora do humor, redução da ansiedade, do estresse e da depressão, além de promover alívio da dor e aumentar a capacidade respiratória dos pacientes. A ação não se limita aos músicos, pois enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais também participam ativamente, abraçando o projeto e se entregando às melodias.
O projeto está em andamento nos seguintes hospitais estaduais: Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo; Hospital Estadual João Batista Cáffaro, em Itaboraí; Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama; Hospital Estadual Zilda Arns, em Volta Redonda; Instituto Estadual do Cérebro; e na UPA Colubandê, em São Gonçalo.
A musicoterapia, portanto, surge como uma ferramenta potente não apenas no tratamento físico, mas também no cuidado da saúde emocional, mostrando como a música tem o poder de curar e transformar.